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Reunir-se à volta da comida é um acto universal. Mas universal-universal, de todos, não como o universal dos "valores universais" que nós, ocidentais, gostamos de imaginar partilhados pelas outras culturas, e ficamos sempre surpreendidíssimos ao constatar que afinal não o são, mesmo quando às vezes até parece.
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Com maior ou menor grau de sofisticação – e segundo se considere isto ou aquilo sofisticado, já que se trata de algo do domínio do gosto – cada cultura transforma o acto de comer numa espécie de ritual, no qual – quando se alcançou um nível de prosperidade que o permite – se torna mas importante o aspecto formal do que propriamente alimentar-se.
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A "Historia Universal do Sushi" pretende ilustrar estes aspectos e ser um suporte que leve o espectador à reflexão sobre o que está por detrás do simples facto de comer.
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Ter escolhido para contar esta história - universal (universal ??) - o "Sushi" corresponde ao domínio do gosto, evidentemente, mas não só. Através desta escolha pretendemos reflectir sobre a sofisticada depuração oriental (e testar a possibilidade de essa sofisticação não ser mais do que um preconceito), a sua simplicidade (ou a complexidade dessa simplicidade, deveríamos dizer para ser mais claros) e do confronto entre duas noções de universalidade – a ocidental dos "valores universais" e outra, que se calhar nos toca a todos mas sem a pretensão de ser... universal.
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Para nós, ocidentais, o Sushi passou de mero "peixe cru"
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– dito com cara de mau cheiro  – como normalmente era (des)considerado com desprezo lá pelos anos cinquenta (e bem mas tarde), à categoria de iguaria de culto a partir da década dos oitenta.
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Por outras palavras, o "local" passou a "universal".
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Para nós e visto pelos nossos olhos, claro; já que para os Inouits (que é como agora fica bem chamar aos esquimós), e para muitos outros povos as nossas "universalidades" podem não fazer o menor sentido...
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Revisão das 15h20min de 5 de Julho de 2007


H.U.S.


Nota de Intenções


Reunir-se à volta da comida é um acto universal. Mas universal-universal, de todos, não como o universal dos "valores universais" que nós, ocidentais, gostamos de imaginar partilhados pelas outras culturas, e ficamos sempre surpreendidíssimos ao constatar que afinal não o são, mesmo quando às vezes até parece.


Com maior ou menor grau de sofisticação – e segundo se considere isto ou aquilo sofisticado, já que se trata de algo do domínio do gosto – cada cultura transforma o acto de comer numa espécie de ritual, no qual – quando se alcançou um nível de prosperidade que o permite – se torna mas importante o aspecto formal do que propriamente alimentar-se.


A "Historia Universal do Sushi" pretende ilustrar estes aspectos e ser um suporte que leve o espectador à reflexão sobre o que está por detrás do simples facto de comer.


Ter escolhido para contar esta história - universal (universal ??) - o "Sushi" corresponde ao domínio do gosto, evidentemente, mas não só. Através desta escolha pretendemos reflectir sobre a sofisticada depuração oriental (e testar a possibilidade de essa sofisticação não ser mais do que um preconceito), a sua simplicidade (ou a complexidade dessa simplicidade, deveríamos dizer para ser mais claros) e do confronto entre duas noções de universalidade – a ocidental dos "valores universais" e outra, que se calhar nos toca a todos mas sem a pretensão de ser... universal.


Para nós, ocidentais, o Sushi passou de mero "peixe cru" – dito com cara de mau cheiro – como normalmente era (des)considerado com desprezo lá pelos anos cinquenta (e bem mas tarde), à categoria de iguaria de culto a partir da década dos oitenta.


Por outras palavras, o "local" passou a "universal". Para nós e visto pelos nossos olhos, claro; já que para os Inouits (que é como agora fica bem chamar aos esquimós), e para muitos outros povos as nossas "universalidades" podem não fazer o menor sentido...


TAAGZ


H.U.S.

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