Festival Letra


Gravitações e Periferias I


3 peças de câmara


I


Teatro Musical / O Corpo do delito para soprano, saxofonista e mulher ciumenta com Yumi Nara, Daniel Kientzy e Reina Portuondo na banda sonora, Alínea B. Issilva e Francisco Nascimento sobre cena.

Texto, realização e banda sonora: Alvaro García de Zúñiga.

Uma co-produção Blablalab | NOVAMUSICA para a Semana do Teatro Radiofónico de Berlim – Woche des Hörspiels, organizada pela Academia das Artes em Abril 2007.


Com o apoio do IA far-se-á uma apresentação/performance da versão radiofónica de “O Corpo do delito” no âmbito do Festival Musica Viva 2007.


A partir desta peça será também desenvolvido um trabalho audiovisual com a ETIC (Escola Técnica de Imagem e Comunicação) ao longo do ano lectivo de 2007/2008 que se prevê venha a ter uma antena em Ponte de Sôr, no Alentejo, em parceria com a Fundação António Prates.


O Corpo do Delito para soprano, saxofonista e mulher ciumenta


Obra m.oral

« Muito muito tempo antes de se por fim aos seus dias atirando-se para dentro de uma máquina de fazer chouriços enquanto cantava a ária final de Madame Butterfly de trás para a frente, a maior diva do Teatro Kabuki de Milão, a soprano Yo-Tampoko Noera, conheceu um homem… »


Alvaro García de Zúñiga, músico de formação, compõe com as palavras como se fossem notas musicais. Em O Corpo do Delito estabelece uma tabuleiro de xadrez em que histórias de amor e de crime se cruzam e descruzam em diversos planos : três personagens ao mesmo tempo músicos e actores ; três biografias nas quais se adivinham histórias de personalidades marcantes do século XX. Três línguas que são também três continentes : a Europa, a Ásia e a América.


 O Corpo do Delito é portanto uma peça de câmara que fala em francês, espanhol e japonês, como os seus três intérpretes.



O Corpo do Delito, para soprano, saxofone e mulher ciumenta, foi escrita na sequência do convite do saxofonista Daniel Kientzy para o METATRIO - Yumi Nara (soprano), Reina Portuondo (Sonista) e o próprio Daniel Kientzy.



Antecedentes:

Apresentação da versão radiofónica dia 23 de Abril 2007 em Berlim - Semana do Teatro Radiofónico, organizada pela Academia das Artes de Berlim, com o apoio do Instituto Alemão de Lisboa.

Ver O Corpo do delito – versão radiofónica.

Apresentação de uma leitura-concerto com música improvisada dia 10 de Dezembro 2004 em Paris,no Festival Novamusica, pelo METATRIO acompanhado por Gyorgui Kurtag.


Parcerias:

Instituto franco-português, Miso Music Portugal, ETIC, Associação NOVAMUSICA, Fundação das Casas de Fronteira e Alorna.


II


Teatro / Leitura de um texto para teatro

Autoria : Alvaro García de Zúñiga

Com Maria de Medeiros e William Nadylam

Falado em português e em francês


Em colaboração com o Instituto Franco-português pretende-se mostrar esta peça em Lisboa.


Leitura de um texto para o teatro

Um texto escrito é dado a ler a um leitor. O texto conta a história de um texto escrito que é dado a ler a uma leitora. Elle lui lit. A leitora passa por diferentes estados à medida em que lê que o texto conta todos os seus estados. Matéria com que contar toda a história do teatro, perdão, do mundo.


Leitura de um texto para o teatro” é uma peça que interroga a convenção teatral. Quem é que diz o que sai pela boca dos intérpretes ? Que transformações o texto opera nos actores e vice-versa?


Antecedentes:

Este texto de Alvaro García de Zúñiga foi apresentado pela primeira vez em Paris, no Centro Cultural Gulbenkian no dia 20 de Janeiro de 2007.

Uma segunda leitura está programada na Chartreuse de Villeuneuve Lez Avignon âmbito do Festival de Avignon no dia 20 de Julho 2007.


Parcerias:

Instituto franco-português, Fundação das Casas de Fronteira e Alorna



III


Teatro / Exercícios de Frustração

Autores : Alvaro García de Zúñiga, Leopold von Verschuer e Gherasim Luca

Com Leopold von Verschuer e Silke Geertz

Falado em português, inglês, alemão e espanhol


Uma produção do Theater am Neumarkt de Zurique que em colaboração com a Galeria ZdB se pretende mostrar em Lisboa.



Exercícios de Frustração


Partindo da instalação plástica e passando pelo cinema, chegamos ao teatro cheios de dúvidas: porque é que uma câmara de vigilância transmite imagens num quarto de criança? Quem pôs a televisão dentro de um cinema? Qual a relação entre uma viagem a Remsheid e Pina Bausch? Porque é que a voz-off de um documentário está afinal na última fila da sala? Será o mesmo homem que estava no hotel? Os seus antepassados na Argentina vieram mesmo da Suíça? Porque é que Pina Bausch aceitou lá ir dançar ? Mas ela joga futebol? Como é que anos mais tarde uma espectadora pode ajudar o irmão a cometer um suicídio agora? De onde vem a linguagem inextricavelmente sinuosa do emigrante romeno-judeo (“étranjuif“) Gherasim Luca e que louco acreditou poder traduzi-lo? Haverá uma poética do falhanço? Ou estamos num labirinto?


Nesta peça os actores contracenam com as suas imagens projectadas num ecrã aparentemente em tempo real. Entram e saem desse filme para acabarem por se sentar entre o público de onde discutem entre si e o que vêm.


Exercícios de Frustração inclui também uma homenagem a Gherasim Luca, autor dos últimos 7 minutos da peça.


Antecedentes:

Estreado no Theatre am Neumarkt, Zurique, Janeiro 2006 – com Silke Geertz e Leopold von Verschuer


Parcerias:

Instituto Alemão, Theater am Neumarkt, ZdB


Exercícios de Frustração Exercícios de Frustração Exercícios de Frustração


"Festival Letra" – candidatura ao IA, Março 2007


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