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Em maio de 2009, pela mão de [[Arnaud Churin]], Manuel abre [http://blablalab.net/fr/index.php?title=Manuel_sur_Scene_parte_7| o Festival de Poesia Sonora da Maison de la Poésie em Paris]]. Torna-se "Manuel de Peaux et Scies" com a participação de todos os amigos parisienses políglotas e glotas de línguas distantes. Será também um manual da obra alvariana, a apresentar depois noutros sítios...
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Em maio de 2009, pela mão de [[Arnaud Churin]], Manuel abre [http://blablalab.net/fr/index.php?title=Manuel_sur_Scene_parte_7| o Festival de Poesia Sonora da Maison de la Poésie em Paris]. Torna-se "Manuel de Peaux et Scies" com a participação de todos os amigos parisienses políglotas e glotas de línguas distantes. Será também um manual da obra alvariana, a apresentar depois noutros sítios...
  
  
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Revisão das 11h00min de 12 de Julho de 2009

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MMIX


MMIX é um projecto de implementação da obra de Alvaro García de Zúñiga : Manuel sobre Cena, um "manual" sobre como se ser/estar sobre cena e na vida através da(s) linguagem(ns), através da(s) língua(s), das forma(s) e conteúdos que nos de(s)/in/formam.




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Destinado a ser um viragem na nossa actividade artística "Manuel sur scène | MMIX" pode ser entendido como um processo que se evidencia. Uma interrogação que não procura resposta a um (de)vir sobre cena e no Mundo. Autópsia de um cérebro (quase) vivo, é um parêntesis trágico e a mesmo tempo divertido num percurso no qual somos o ponto de partida e de chegada.



A concretização pode parecer um jogo, uma equação a várias enigmas e de variáveis variáveiis feita de tudo/todos o(s) que se juntar(em) a nós.



Na base Manuel – obra plástica – é um manual, um Manuel/al de instruções que fala em várias línguas, mas será que elas se equivalem? Segue uma peça acústica, na qual Manuel – meio-homem, meio manual – tenta compreender a vida através dos livros e através da vida os livros. Nada feito. Astronauta inventa biografias para si próprio. Adivinha na matemática a verdadeira linguagem da natureza. Moribundo fala em hieróglifos. E assim que Manuel entra na literatura; de onde depois salta sobre cena, tornando-se "actor/personagem/espaço" com vários corpos e várias línguas que se esforça por ligar "todos os aquis e todos os agoras" onde tudo pode ser (de)mo(n)strado e pode ter um ou vários manuais de instruções.


Com a cumplicidade permanente de Alínea B. Issilva e de quem se quiser juntar propomos abrir regularmente Manuel ao público e com o público pois este Manual onde tudo cabe é também um ponto de passagem.


Há no entanto algumas constantes: a língua é a sua matéria prima pois " Quando Manuel chegou, a língua já là estava. No entanto, neste Manuel multilingue, a estrangeira é afinal a principal.


Em maio de 2009, pela mão de Arnaud Churin, Manuel abre o Festival de Poesia Sonora da Maison de la Poésie em Paris. Torna-se "Manuel de Peaux et Scies" com a participação de todos os amigos parisienses políglotas e glotas de línguas distantes. Será também um manual da obra alvariana, a apresentar depois noutros sítios...


Literatura musical, poesia sonora, rádio sobre cena, teatro polifónico, são etiquetas possíveis para "Manuel sobre Cena", mas pode também tornar-se filmthéâtre, « Paroles sans acte », « Chants-sons sachant que presque sens sons », « mots, sons et moissons », ou ainda « lit, ratures ».


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Encontros com o público :


Manuel está no coração da problemática do "ser" estrangeiro e reflecte sobre a percepção e a captação/fixação da palavra escrita e dita. Ele tenta compreender e explicar como domesticar o pensamento e a linguagem através dos instrumentos fabricados para esse efeito : canetas, microfones, máquinas de captação, computadores, gravadores de áudio e de vídeo e qualquer outro objecto que possa servir para armazenar e reproduzir ... Depois atira-nos a bola e volta a apanhá-la pois alimenta-se de si-próprio e de tudo o que encontra, injectando e re-injectando a sua própria matéria, contaminando tudo. Afinal Manuel é um manual das pontes entre todo aqui e todo algures, entre todo agora e todo antes, entre uma língua e outra... É um Manuel de inclusão, onde, cada um, profissional ou amador, pode participar pois ele também é uma máquina de captar, armazenar, reproduzir, traduzir a sua própria percepção.


Os encontros com o público integram-se no processo de trabalho e visam permitir-nos testar as ideias e as escolhas que contribuem para a construção de uma forma para Manuel, ou antes de um formato. "Manuel sobre Cena" é uma peça a geometria variável na qual vários elementos podem ser integrados, tanto no que respeita aos participantes-intérpretes como aos meios utilizados. À parte os encontros "directos" com o público, as ondas e a tela, a rádio e a net, são extensões naturais de Manuel.


Manuel tem antecedentes que nos servem de modelo e de base de trabalho para imaginar a sua continuação sobre cena e a organização de encontros com o público enriquecedoras e formalmente balizadas. O primeiro "Manuel" é uma compilação de frases extraídas de manuais de instrução, cujo resultado é ele próprio um manual de instruções do livro-obra "A Finger for a Nose" - ou de outro objecto qualquer à escolha do seu proprietário. O segundo "Manuel" – uma trilogia radiofónica produzida au Estúdio de Arte Acústica da WDR3, Colónia – foi interpretado por Leopold von Verschuer e Alínea B. Issilva e por dezenas de vozes de colaboradores no projecto com especialidades diversas (linguísticas, científicas, técnicas...) ou simples entrevistados. A terceira forma de Manuel ( : sobre cena) foi também objecto de várias experiências "Manuel unterübersetzung" (2005, Goethe Institut de Lisboa) composto de excertos da peça acústica "Manuel" e de leituras por Leopold von Verschuer e Alínea B. Issilva ; "Manuel em Kreutzberg" (2006, Theater Discounter, Berlim) que teve também por base a peça "Manuel", e as presenças de Leopold e Alínea, aos quais se juntaram Matthias Breitenbach, o artista gráfico Oliver Grajewski e o violoncelista Bo Wiget ; "O Corpo do Delito |Corpus Delicti" (2007, Akademie der Künste, Berlim) com Leopold von Verschuer, Matthias Breitenbach, Alínea B. Issilva, baseado na versão acústica da peça « O Corpo do Delito ». E finalmente com a designação "Manuel sobre Cena" e em colaboração com Arnaud Churin e Emanuela Pace e muitos outros intérpretes que se foram juntando a nós, 6 apresentações, em Lille, 2008, Theâtre Le Prato, em Paris, 2009, Maison de la Poésie e em Lisboa, 2009, Teatro Taborda.


Manuel é por isso algo camaleónico mas sem por isso perder a sua especificidade, muito pelo contrário.

Quanto aos encontros com o público poderão revestir-se de várias formas indo da simples leitura, ao atelier, passando (consoante a disponibilidade dos Manuelinos) por todo tipo de leitura-espectáculo-performance-concerto a dupla via pois dobrado pela participação do público que será sempre bem vindo para nos ajudar a traduzir e a transpor palavras e conceitos – e porque não gestos – de uma língua para outra(s). Pois Manuel é, por definição, um migrante e a sua língua materna é em estrangeiro. Falando directamente em tradução as possibilidades de reencontrar o/um texto original são infinitas, e Manuel conta com o apport de todos e cada um para encontrar a chave da sua improvável busca. Tudo isto "fixado" em áudio, vídeo – os dois se possível – de forma a se poderem incorporar os materiais recolhidos durante os encontros nas representações de "Manuel sobre Cena".


Os encenadores das leituras, ondas, espaços dos encontros podem variar, em particular contamos com a cumplicidade dos « Manueis » Churin, Issilva e von Verschuer ...


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No fim, se tudo correr bem, editaremos apoteoticamente o livro de "Manuel".


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... e MMIX é também:

A theoretical model of computer, which can be used for different purposes: learning of computer principles, explanation of software foundations, exploring the efficacy of algorithms etc. The author of MMIX is the famous scientist Donald Knuth.


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Manuel sobre Cena

Manuel

Manuel no Festival de Poesia Sonora da Maison de la Poésie em Paris



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