Linha 11: | Linha 11: | ||
− | <center>ou '''[[Manuel sur Scène]] | + | <center>ou '''[[Manuel sur Scène|Manuel]] percorre a Europa'''</center> |
Linha 47: | Linha 47: | ||
− | + | Neste momento '''Manuel''' avança a 12. Número ideal para a diversidade de línguas e de personalidades sobre cena: | |
− | [[Alínea Berlitz Issilva]], | + | [[Alínea Berlitz Issilva]], Wénic Dominique Pierre Béaruné, [[Arnaud Churin]], Rocco Giordano, [[Daniel Kientzy]], [[Millaray Lobos]], [[Emanuela Pace]], [[Dominique Parent]], [[Myrto Procopiou]], Guillaume Rannou, [[Yves Rousguisto]], [[Leopold von Verschuer]] |
− | + | Encenação : [[Arnaud Churin]] e [[Alvaro García de Zúñiga]] | |
Linha 58: | Linha 58: | ||
− | '''Manuel Lasuite # | + | '''Manuel Lasuite # Tempo >< Espaço ''' |
− | '''Manuel | + | '''Manuel sobre Cena''' é uma peça "light", uma "forma ligeira" que alia a uma lógica teatral um espírito concertistas de música clássica. As performances preparam-se em grande medida no local da representação nums 8 dias de trabalho. |
− | + | Nenhum cenário, apenas o mesmo número de estantes (porta-partituras) que intérpretes. | |
− | + | '''Manuel''' tirará partido do que encontrar. Cada performance sendo uma reinvenção de si-próprio. | |
− | '''Manuel''' | + | |
Linha 76: | Linha 75: | ||
− | '''manuel du manuel # | + | '''manuel du manuel # descrição''' |
Revisão das 13h49min de 8 de Julho de 2009
Manuel apresenta-se : meio-homem – meio-manual de instruções como uma interrogação insistente sobre a vida e sobre a espécie que somos sobre terra. Espécie falante é à linguagem e à percepção que Manuel se ataca. E fá-lo a um tal ponto tal que isso parece mesmo tornar-se universal, à nossa escala, claro está, que é pequena e global ao mesmo tempo. Assim Manuel/Manual é um formato, a música é a sua tela de fundo e a partir daí declina-se sem fim. À procura de sentido? de sons? A questão do sentido é que está em toda a parte, inevitável, armadilha ontológica na qual não conseguimos deixar de cair ! E então Manuel/al volta a erguer-se, forte de novos sentidos que se espelham... ao infinito? Pois era bom que algures isso pare, se fixe. Era bom que que universal e infinito se distinguissem por fim. Esse parece ser o combate de Manuel-moinho de palavras – D. Quixote da aurora do século XXI, arauto de tempos passados e precursor de um tempo futuro. Mas é no som que Manuel se detém alguns instantes. É no som que encontra as forças para continuar; e nós com ele, que o acompanhamos desde há séculos nessas provas formidáveis de paixão, piscares de olhos, ironia, generosidade, sabedoria, loucura, que as palavras mal d'escrevem...
Como todos os Manuais, este Manuel de instruções é multilingue na sua tentativa de entender o mundo através do que lê e o que lê através do mundo. À medida em que evolui vai tentando estabelecer pontes entre todos os "aquis" e todos os "agoras", entre todas as línguas e formas de expressão.
Manuel tem um texto de base que é a "partitura" da peça acústica radiofónica Manuel. Nesta partitura misturam-se excertos de um grande número de manuais de instrução com o manual do próprio Manuel, textos de Alvaro García de Zúñiga e outros textos seleccionados por ele. O material de base é vasto e maleável permitindo elaborar a cada apresentação "Manueis" adaptados às circunstâncias que se apresentam.
O resultado destas performances pode portanto ser muito variado consoante os participantes e o seu número – até hoje "Manuel sobre Cena" foi representado por entre 2 e 23 intérpretes de cerca de 20 nacionalidades diferentes – ; segundo as "disciplinas" implicadas : teatro, música, artes plásticas, arte acústica, vídeo ; segundo o número de línguas faladas, a local sendo no entanto privilegiada, e também segundo os convidados especiais que se juntam a "Manuel".
Manuel é um estaleiro. Um work in progress, um monte de tralha. por Manuel-Arnaud Churin
Manuel Lasuite
Neste momento Manuel avança a 12. Número ideal para a diversidade de línguas e de personalidades sobre cena:
Alínea Berlitz Issilva, Wénic Dominique Pierre Béaruné, Arnaud Churin, Rocco Giordano, Daniel Kientzy, Millaray Lobos, Emanuela Pace, Dominique Parent, Myrto Procopiou, Guillaume Rannou, Yves Rousguisto, Leopold von Verschuer
Encenação : Arnaud Churin e Alvaro García de Zúñiga
Manuel Lasuite # Tempo >< Espaço
Manuel sobre Cena é uma peça "light", uma "forma ligeira" que alia a uma lógica teatral um espírito concertistas de música clássica. As performances preparam-se em grande medida no local da representação nums 8 dias de trabalho.
Nenhum cenário, apenas o mesmo número de estantes (porta-partituras) que intérpretes.
Manuel tirará partido do que encontrar. Cada performance sendo uma reinvenção de si-próprio.
manuel du manuel # descrição
Nous sommes en tenues de soirée, en tenues de concert classique. Devant nous il y a autant de pupitres que de personnes. Chacun exécute sa partition…
Cette « chorale », va tenter de « Comprendre la réalité à travers les livres et vice versa, les livres à travers la réalité et vice vice à travers la réalité la réalité et versa versa à travers les livres les livres » (extrait).
Par une écriture dynamique et quelques fois musicale le texte s’entend par contraste. Au milieu de la bouillie du mode d’emploi qui sonne comme un message publicitaire, quelques bribes de sens commencent à se faire entendre. Les spectateurs qui ont vu une présentation de nos expériences nous disent qu’ils sont rentrés dans une folie qu’ils reconnaissent. Il y a en chacun d’entre nous cette volonté de comprendre qui est renvoyée à l’opacité du monde. De plus le dispositif, entre concert et pièce de théâtre crée un moment ouvert, sans véritable clôture formelle.
Au fur et à mesure de la représentation, suivant les différents programmes, Manuel s’incarne de plus en plus, un des interprètes le joue plus particulièrement, il recherche toujours cette compréhension du tout, les langues, les objets, les consignes auxquelles il devrait se conformer. Il se dissout dans ce labyrinthe de sens ou même sa biographie est polyphonique, il se dessèche et fini par parler en hiéroglyphes….
Alvaro García de Zúñiga de par son écriture si singulière oblige les interprètes, les spectateurs à inventer.
Nous sommes beaucoup plus cosmopolites que nous le pensons, nous reconnaissons les langues et cheminons dans la forêt de tous les sons de toutes les langues…et le sens se dégage comme un enchevêtrement du sensuel et du sensé.
voir aussi :
A propos de Manuel sur Scène par AGZ,
Manuel à la Maison de la Poésie, ou Manuel de poésie-maison &